Histórico
A SOCIEDADE MISSIONÁRIA INTERNACIONAL
A Sociedade Missionária Internacional é uma comunidade cristã que toma a Bíblia como único fundamento de fé e vida, e acredita em Jesus Cristo como o Filho de Deus e Redentor do mundo, na breve volta de Jesus, na fidelidade aos mandamentos de Deus e no princípio da não violência. Estas são algumas de suas crenças fundamentais. Suas raízes se encontram na mensagem pregada pelos pioneiros adventistas do século XIX, e considera sua missão pregar o evangelho em todo o mundo.
Este fundamento espiritual foi colocado na mesma origem do Movimento Adventista, depois de ter adotado o nome de Adventistas do Sétimo Dia em 1861, na primeira Conferência celebrada em Battle Creek, Michigan, onde as igrejas locais foram convidadas a assinar o pacto de “guardar os mandamentos de Deus e a fé de Jesus.”
A fidelidade aos mandamentos de Deus implicava numa postura pacifista, porque nenhum crente verdadeiro pode professar a aceitação desses sagrados princípios e pôr ao mesmo tempo em perigo a vida do próximo, participando na guerra. Por causa desse regulamento, durante a Guerra Civil Americana (1861-1865), a denominação em forma corporativa declarou por unanimidade “seus pontos de vista e seus ensinamentos opostos ao espírito e à prática da guerra, porque sempre foram contrários ao porte de armas, por causa da consciência.”
A denominação foi assim registrada perante o Governo Nacional e Federal, e em 1865, a Sessão da Associação Geral reafirmou: “Consideramo-nos obrigados a declinar de toda participação em atos de guerra e derramamento de sangue, por ser incompatível com os deveres impostos por nosso divino Mestre para com nossos inimigos e com toda a humanidade.”
No ano 1888, em Minneápolis, Minnesota, foi realizada uma importante conferência com ênfase na mensagem “Cristo justiça nossa.” Líderes e delegados receberam a mensagem de modos diferentes, e como resultado, esta reunião histórica, em lugar de unificar, dividiu e pôs em oposição às opiniões dos presentes.
Este foi o princípio do alarme, pois nas décadas subsequentes revelou-se que a igreja não estava preparada para enfrentar outras graves provações. A posição de não violência continuou a ser defendida, mas logo foram introduzidas mudanças de opinião. No final do século XIX líderes e ministros ficaram divididos com relação à posição pacifista. Informações estarrecedoras revelam que alguns líderes consideravam admissível e justificável a participação na política e inclusive, na guerra, com o objetivo de apoiar ao governo. Uma mensagem apresentada ante a Assembléia Mundial da Conferência Geral de 1897 testifica que esse processo de transformação estava em pleno desenvolvimento.
Na medida em que a mensagem adventista foi crescendo fora da América do Norte, em diversos países a rejeição do porte de armas tinha que enfrentar diversas condições e legislações, especialmente nos países militarizados, onde não havia disposição para conceder tais isenções, e ainda em tempo de paz encontrava cada vez mais resistência e confrontos com as autoridades e governos. Se isto acontecia em tempos de paz, o que aconteceria em tempo de guerra? Nessas circunstâncias surgiu a próxima provação com o estouro da Primeira Guerra Mundial.
A Comissão da Conferência Geral foi chamada a enfrentar tal emergência e tomou decisões. Em lugar manter o princípio em contra do porte de armas, optou por conceder liberdade para fazê-lo, tanto de forma individual, como coletiva. A todos os membros se concedeu agir de acordo com sua própria consciência, de modo que as cambiantes convicções pessoas e não os ensinos do evangelho se tornaram a regra nessa questão.
Líderes de diversos países envolvidos na guerra foram ainda mais longe. Diante do risco de dissolução da denominação, com perda de propriedades, fechamento de igrejas e prisão de membros que rejeitavam o porte de armas, líderes de certos países da Divisão Europeia, cederam ante a pressão e ameaças do Estado. Desejando evitar conflitos com as autoridades civis e militares e para não aparecer como opositores da lei e do Estado em tempos de crise nacional, esses dirigentes da igreja de diferentes nações europeias, e até de alguns outros países, não acharam outra solução que permitir que os membros servissem no exército, tomassem as armas e participassem na guerra, inclusive no sábado, o sagrado dia de repouso.
Líderes e ministros chegaram a declarar que essa nova posição estava em conformidade com o ensino da Bíblia, e deste modo, milhares de membros foram chamados ao exército para participar na guerra e derramamento de sangue.
Essa nova posição doutrinária promoveu uma crise dentro da igreja. A grande maioria aceitou a nova tendência, enquanto uma minoria, em vários lugares, se opôs e resistiu às novas resoluções. Convictos de que uma lei do Estado não pode substituir a lei de Deus, anciãos e leigos defenderam a todo custo a posição pacifista. Alguns foram condenados e encarcerados, outros sofreram severos castigos ou foram obrigados a realizar trabalhos forçados, e finalmente muitos sofreram a morte, para se manterem fiéis a Deus.
Os dirigentes e ministros colaboradores do Estado temendo serem confundidos com aqueles que se resistiam a colaborar com a causa da guerra, para evitar um tratamento semelhante, decidiram marginar e expulsar rapidamente a minoria radical. Centenas de membros nos diferentes países de Europa fizeram essa experiência. Como herdeiros e defensores da posição original, contrários à violência, firmaram-se no desejo de permanecer fiéis na defesa da verdade e pregar a mensagem de esperança e salvação ao mundo.
Espalhados em vários países do mundo, frequentemente sem nenhuma conexão entre si, desde os primeiros anos esse remanescente tem sido identificado por diversos nomes, tais como “Sociedade Missionária Internacional”, “Movimento de Reforma”, “Reformistas”, “Adventistas Reformistas”, “Irmãos da Reforma”, ou em forma mais ampla, “Sociedade Missionária Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Movimento de Reforma.”
Para enfrentarem juntos a emergência e se animarem uns aos outros durante a guerra, quando era possível, os fiéis expulsos celebravam reuniões em diversos lugares e se organizavam em forma provisória, enquanto os dirigentes eram perseguidos e permaneciam na clandestinidade.
Quando a guerra terminou e puderam se reunir livremente e pregar, foram celebradas conferências em Erfurt e Magdeburg (Alemanha). Conservando ainda o desejo de poder um dia alcançar a unificação, avançaram anunciando a mensagem. Para fazer possível a impressão e distribuição de literatura, alugar locais de reunião e realizar conferências públicas, em 1919 foi registrada a União Alemã.
Pedidos de esclarecimento e solução dos problemas foram apresentados pela minoria, e depois do fim da guerra, no ano de 1920, teve lugar uma reunião em Fridensau, Alemanha. Nesse encontro ficou claro que os líderes da Associação Geral estavam mais interessados em continuar concedendo livre eleição a cada membro e a cada país no mundo, que restabelecer a posição original defendida pela minoria, que nessa ocasião foi classificada como “opinião privada.”
Em 1922 foi feita uma segunda tentativa pela unidade, por ocasião da Conferência Geral, em São Francisco, Califórnia; mas por temor que essa questão pudesse gerar problemas entre os delegados, os representantes da Sociedade Missionária Internacional não foram admitidos na delegação, nem foi considerado seu pedido. Esse foi o último ato que sancionou tanto a nova posição da denominação em conexão com a rejeição de aclaração e unidade. Desse modo, a igreja continuou em seu caminho e o Movimento de Reforma em sua missão. Qual foi o resultado desse procedimento?
Durante muitos anos a Sociedade Missionária Internacional enfrentou difíceis provações, especialmente quando teve que resistir o regime nazista com todos seus horrores, na II Guerra Mundial, e também a pressão de muitos governos ditatoriais no transcurso de sua história. Para manter sua posição de fidelidade aos princípios evangélicos, os irmãos fiéis tiveram que pagar um preço de sangue, o qual exigiu que um número de membros selasse sua fé e seu testemunho com o sofrimento e a morte.
A pesar destes sérios obstáculos, o Movimento de Reforma se espalhou pelos cinco continentes e agora a mensagem é pregada em mais de 120 países do mundo. O anelo da Sociedade Missionária Internacional é que cada crente sincero possa retornar à verdade bíblica para que o espírito do evangelho possa triunfar em todos os cantos da terra, mostrando aos homens a promessa de Jesus: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.” (Mateus 5.9).
Ocasionalmente, e condicionada pelas contingências e evolução de sua história, a sede mundial da Sociedade Missionária Internacional do Movimento de Reforma, após permanecer por muitos anos em Mosbach, Alemanha, posteriormente foi transferida a Los Angeles, Califórnia, e atualmente, em sede própria, desenvolve seu trabalho em Cedartown, Georgia, EUA. Quem desejar mais informações pode entrar em contato conosco no seguinte endereço eletrônico: info@sda1844.org ou pelos telefones 001 770 748 0077. Fax: 001 770 74 8009 5.